O bom e velho coador de café!

Recebi ontem a Revista Prazeres da Mesa, onde o destaque é o poderoso Tomate! Fiz questão de escrever a palavra Tomate com letras maiúsculas, pois ultimamente ele tem sido destaque em todos os telejornais, jornais, revistas e redes sociais! O Tomate ficou famoso e o pior, não pelo seu benefício que faz à saúde, mas sim, pelo alto valor de mercado que vem atingindo.

Enfim...do tomate falaremos mais adiante...pois o assunto agora, é o Café!

De goiás para Minas!

Na Revista Prazeres da Mesa, deste mês, têm uma crônica muito interessante sobre o "bom e velho" coador de café! E por isso, o título do post de hoje!

A crônica é de Josimar Melo, crítico de gastronomia do Jornal Folha de São Paulo e autor do guia de restaurantes que leva seu nome.

Lendo a crônica, vi o quanto estamos cada vez mais, consumindo se ter necessidade...não é mesmo?? Creio que a princípio, o velho coador de pano foi "banido do sistema diário rotinal". É mais fácil usar o coador de papel e jogar fora depois, do que lavar o coador de pano.

O título da crônica é "Velho, mas não ultrapassado", onde Josimar descreve com muita sutileza que "só não posso concordar que, entre tantas escolhas possíveis, o velho e bom coador de pano esteja sendo esquecido". 

E tudo isso me inspirou em comprar um coador de pano! Ontem, feira na esquina de casa...e aonde tem feira, com certeza, tem coador de pano de café!

Comprei um coador de pano! Por cinco reais! E hoje, agora pela manhã, o café já foi coado com o "velho e bom" coador. 


Um cuidado inicial: todo coador de pano novo deve ser fervido antes de ser usado porque normalmente o tecido vem com uma goma que além de alterar o sabor do café pode ser prejudicial. 

Outro cuidado básico é com o coador depois de usado. Ele jamais deve ser lavado com detergente ou alvejante, pois qualquer excesso fica em suas tramas e depois se dissolvem no café que será bebido. Já imaginou que sabor horrível? Então coador de pano lavar só com água em abundância.

Esse café tem gostinho de interior...é realmente muito bom! E como diz Josimar Melo: "Há algo nas fibras do pano (imagino que seja isso) que permite que o café ali coado chegue à xícara com uma viscosidade especial, em que quase se sente no paladar a textura de seus óleos aromáticos. É como sentir o gosto dos aromas com base no tato - numa maravilhosa sinestesia gastronômica. É uma sensação de plenitude do sabor que não vejo no coador de papel"

E aí, vai um cafezinho?? Do Velho e do Bom!! Garanto!